Eu fui ao céu

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Desde muito cedo sempre fui incentivada pelo meu pai a observar o céu. Ele sempre me mostrava Sirius e falava sobre ela ser a estrela mais brilhante e pertencer a constelação do cão maior. Vire e mexe encontrávamos as três Marias que formavam o cinturão do Orion e procurávamos o Cruzeiro do Sul. O céu noturno para mim sempre foi aconchegante e cheio de informação, adoro observar o céu.

E, nos tempos de colégio, tivemos a oportunidade de nos envolver com trabalhos relacionados a astronomia e astrofísica, é o que já era um interesse ficou mais forte ainda. O trabalho em si, foi até meio traumatizante, peguei o tema buracos negros e fiquei muito envolvida a fazer um bom trabalho, o que envolveu minha família toda e passei todo o período de ferias acumulando material para enriquecer o trabalho.

Meu trabalho ficou bom, com maquetes, buracos negros giratórios, entre outras coisas mais. Eu cheguei a ler livros do Stephen Hawking e discutir teoria da relatividade nesse trabalho, não fazia ideia do tamanho de todo esse conhecimento, mais explicava na simplicidade que fui capaz de entender. E esse trabalho, junto com o gosto do meu pai por astronomia, temos até um pequeno telescópio em casa me incentivaram a participar da formação do clube de astronomia no colégio.

Comecei a frequentar o clube de física regularmente nos intervalos entre aulas, pegava livros e revistas emprestadas, lia tudo. Buscava informações na internet e acabei pesquisando sobre estatutos e preparando um esboço para possibilitar a inauguração do clube. Os professores dispostos a possibilitar e orientar o grupo gostou do meu esboço, corrigiu alguns detalhes e seguimos para criar os cargos necessários, definir plaquetas e avaliar as ferramentas disponíveis.

O colégio havia adquirido um telescópio, bem maior que o que eu tenho em casa, e começamos a marcar reuniões noturnas para observação. A localização do colégio é ótima em relação a iluminação e era uma atividade super descontraída. E por algum tempo formamos um grupo interessado no tema e nos divertíamos com as historias das Plêiades e o brilho de Vega.

Foi nesse contexto que marcamos uma viagem para o observatório do Rio, aproveitei a oportunidade para encontrar um bom amigo, o que só aumentou a ansiedade em relação ao evento. Me tornei presidente do clube, pois assumi algumas responsabilidades e tinha muita expectativa que tudo desse certo na viagem.

E tudo foi excelente. Já na entrada do planetário tirávamos uma infinidade de fotos e, foi quando meu amigo, que eu nem havia conseguido contactar chegou e pode participar de tudo que havíamos planejado. Assistimos vídeo, participamos de brincadeiras, interagimos com alguns equipamento e tiramos muitas fotos. Uma viagem excelente, uma estrutura muito legal e uma atividade super dinâmica.

Ainda hoje, sete anos depois, olho para o céu e lembro com saudades desses momentos. As Plêiades parecem contar essa historia, que aumentou meu carinho pelo céu. Meu curso na faculdade é noturno, sem duvidas, uma das coisas que aplaca o cansaço do dia-a-dia, junto com andar de moto é a companhia do céu noturno que frequentemente é maravilhoso.

😀

6 comentários em “Eu fui ao céu

  1. Tenho também essa paixão por astronomia, pela busca do desconhecido e do quanto ainda poderemos explorar o universo. Conhece a série Cosmos? Tem a versão recente do Neil Tyson, e a original do Carl Sagan (a que me motivou a gostar ainda mais do tema, assim como seus livros Pálido Ponto Azul e Contato). Este último livro deu origem a um filme de 1997 com o mesmo título, um dos meus favoritos do gênero 🙂

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    1. Que legal, são assuntos fascinantes. Conheço a série original, tem aqui em casa, em fita de vídeo e o livro Contato também. o filme confesso que não me lembro de ter assistido mas gostei muito de ler Stephen Hawking e achei bem interessante a abordagem de Alice no país do Quantum. Atualmente quase não leio mais a respeito, mas já tive uma oportunidade legal de fazer um curso online do Observatório Nacional, faz tempo, eu nem tinha maturidade para absorver muita coisa. Obrigado pelo comentário, vou buscar me inteirar mais novamente, faz falta. 😀

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  2. Gostei de sua postagem, pelo que de poético vi nela. Veja, conheci aos céus por intermédio de meus pais, tias e avós. Eles não conheciam às Plêiades como Plêiades, mas como Setestrelo. Nem Órion como Órion. Mas me falavam e me apontavam às Três Marias. Me apontavam a estrela d´Alva que eu nem sabia que era Vênus e mais tarde soube que também era a Calixto grega. A mais bela. Não me falavam da Ursa Maior, mas me apontavam e só depois eu soube que era a Ursa maior de muitos nomes. E me ensinaram que o céu rodava toda a noite e que era uma questão de paciência perceber. Enfim. Abraço agradecido.

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  3. É o bonito da astronomia, ainda que mudem os nomes ou definições todo mundo em qualquer lugar pode lançar sua aposta e admiração. Ouvi também sobre estrela d’Alva e alguns outros pontos de vista sobre o mesmo céu estrelado. Obrigada por acrescentar aqui mais essa perspectiva! =)

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